C. Castañeda - (D. J. Matus) - Extratos
Não há totalidade sem tristeza e saudade, pois sem elas não há sobriedade nem bondade. A sabedoria sem bondade e o conhecimento sem sobriedade são inúteis.
A auto-importância é o maior inimigo do homem. O que o enfraquece é sentir-se ofendido pelos atos e omissões de seus semelhantes. A auto-importância exige que se passe a maior parte da vida ofendido por alguma coisa ou por alguém.
Para seguir a senda do conhecimento é preciso ter muita imaginação. No caminho do conhecimento nada é tão claro quanto gostaríamos que fosse.
Se os videntes podem ficar firmes no confronto com os pequenos tiranos, eles podem, com certeza, enfrentar impunemente o desconhecido, e aí podem até suportar a presença do incognoscível.
Parece natural pensar que o guerreiro, que pode ficar firme diante do desconhecido, pode certamente enfrentar impunemente os pequenos tiranos. Mas não é necessariamente assim. O que destruiu guerreiros soberbos nos tempos antigos foi confiar nessa suposição. Nada pode temperar tanto o espírito de um guerreiro quanto o desafio de lidar com pessoas impossíveis em posições de poder. Só sob essas condições, os guerreiros podem adquirir a sobriedade e a serenidade para suportar a pressão do incognoscível.
O desconhecido é alguma coisa velada para o homem, coberta talvez por um contexto terrível mas que, não obstante, está ao alcance do homem. O desconhecido se torna conhecido em determinado tempo. O incognoscível, por outro lado, é o impensável, o imperceptível. É algo que nunca será conhecido por nós e, ainda assim, está lá, fascinante e ao mesmo tempo aterrador em sua vastidão.
Nós percebemos. Este é um fato incontestável. Mas o que percebemos não é um fato do mesmo tipo, porque aprendemos o que perceber.
Os guerreiros dizem que pensamos que há um mundo de objetos lá fora só por causa de nossa consciência. Mas o que realmente há lá fora são as emanações da Águia, fluidas, sempre em movimento e contudo inalteráveis, eternas.
O defeito mais intenso dos guerreiros imaturos é que eles desejam esquecer a maravilha do que eles vêem. Ficam dominados pelo fato de que vêem e acreditam que é o seu gênio que conta. Um guerreiro maduro deve ser um paradigma de disciplina para vencer a quase invencível frouxidão de nossa condição humana. Mais importante do que o próprio ver é o que os guerreiros fazem com o que vêem.
Uma das grandes forças na vida dos guerreiros é o medo, porque ele os instiga a aprender.
Para um vidente, a verdade é que todos os seres vivos estão lutando para morrer. O que impede a sua morte é a consciência.
O desconhecido está sempre presente, mas está fora da possibilidade de nossa consciência normal O desconhecido é a parte supérflua do homem comum. E é supérflua porque o homem comum não tem energia livre suficiente para percebê-lo.
A grande falha dos seres humanos é permanecer grudado ao inventário da razão. A razão não trata o homem como energia. A razão trata com instrumentos que criam energia, mas nunca ocorreu seriamente à razão que somos melhores do que instrumentos: somos organismos que criam energia. Somos bolhas de energia.
Os guerreiros que deliberadamente atingem a consciência total são uma visão que deve ser presenciada. E nesse momento que queimam de dentro. O fogo interior os consome. E, em plena consciência, eles se fundem às emanações da Águia e deslizam para a eternidade.
Uma vez atingido o silêncio interior, tudo é possível. A maneira de parar de falar para nós mesmos é exatamente o mesmo método usado para nos ensinar a falar para nós mesmos; somos ensinados compulsiva e inflexivelmente, e esta é a maneira de parar: compulsiva e inflexivelmente.
A impecabilidade começa com um único ato, que tem de ser deliberado, preciso e fundamentado. Se esse ato é repetido pelo tempo suficiente, adquire-se o senso de um intento inflexível, que pode ser aplicado a qualquer outra coisa. Se isso é realizado, o caminho é claro. Uma coisa leva à outra até que o guerreiro perceba todo o seu potencial.
O mistério da consciência é a escuridão. Os seres humanos exalam o cheiro desse mistério, de coisas que são inexplicáveis. Ver a nós mesmos de qualquer outra maneira é loucura. Portanto, um guerreiro não rebaixa o mistério do homem tentando racionalizá-lo.
As percepções são de duas espécies. Uma delas é simples conversa fiada, grandes explosões emocionais e nada mais. A outra é produto de uma mudança do ponto de aglutinação, não está ligada a nenhuma explosão emocional mas à ação. As percepções emocionais vêm anos depois de os guerreiros terem solidificado, pelo uso, a nova posição de seus pontos de aglutinação.
A pior coisa que pode nos acontecer é ter que morrer e, já que este é nosso destino inalterável, somos livres; aqueles que perderam tudo não têm mais nada a temer.
Os guerreiros não se aventuram no desconhecido por cobiça. A cobiça funciona apenas no mundo dos negócios comuns. Para se aventurar na aterrorizante solidão do desconhecido, é preciso ter algo maior do que cobiça: amor. É preciso amor à vida, ao que intriga, ao mistério. É preciso uma curiosidade insaciável e nervos de aço.
Um guerreiro pensa apenas nos mistérios da consciência; o mistério é só o que importa. Somos seres vivos; temos de morrer e abrir mão de nossa consciência. Mas se pudéssemos mudar isso um pouco, que mistérios devem estar esperando por nós? Que mistérios!
Não há totalidade sem tristeza e saudade, pois sem elas não há sobriedade nem bondade. A sabedoria sem bondade e o conhecimento sem sobriedade são inúteis.
A auto-importância é o maior inimigo do homem. O que o enfraquece é sentir-se ofendido pelos atos e omissões de seus semelhantes. A auto-importância exige que se passe a maior parte da vida ofendido por alguma coisa ou por alguém.
Para seguir a senda do conhecimento é preciso ter muita imaginação. No caminho do conhecimento nada é tão claro quanto gostaríamos que fosse.
Se os videntes podem ficar firmes no confronto com os pequenos tiranos, eles podem, com certeza, enfrentar impunemente o desconhecido, e aí podem até suportar a presença do incognoscível.
Parece natural pensar que o guerreiro, que pode ficar firme diante do desconhecido, pode certamente enfrentar impunemente os pequenos tiranos. Mas não é necessariamente assim. O que destruiu guerreiros soberbos nos tempos antigos foi confiar nessa suposição. Nada pode temperar tanto o espírito de um guerreiro quanto o desafio de lidar com pessoas impossíveis em posições de poder. Só sob essas condições, os guerreiros podem adquirir a sobriedade e a serenidade para suportar a pressão do incognoscível.
O desconhecido é alguma coisa velada para o homem, coberta talvez por um contexto terrível mas que, não obstante, está ao alcance do homem. O desconhecido se torna conhecido em determinado tempo. O incognoscível, por outro lado, é o impensável, o imperceptível. É algo que nunca será conhecido por nós e, ainda assim, está lá, fascinante e ao mesmo tempo aterrador em sua vastidão.
Nós percebemos. Este é um fato incontestável. Mas o que percebemos não é um fato do mesmo tipo, porque aprendemos o que perceber.
Os guerreiros dizem que pensamos que há um mundo de objetos lá fora só por causa de nossa consciência. Mas o que realmente há lá fora são as emanações da Águia, fluidas, sempre em movimento e contudo inalteráveis, eternas.
O defeito mais intenso dos guerreiros imaturos é que eles desejam esquecer a maravilha do que eles vêem. Ficam dominados pelo fato de que vêem e acreditam que é o seu gênio que conta. Um guerreiro maduro deve ser um paradigma de disciplina para vencer a quase invencível frouxidão de nossa condição humana. Mais importante do que o próprio ver é o que os guerreiros fazem com o que vêem.
Uma das grandes forças na vida dos guerreiros é o medo, porque ele os instiga a aprender.
Para um vidente, a verdade é que todos os seres vivos estão lutando para morrer. O que impede a sua morte é a consciência.
O desconhecido está sempre presente, mas está fora da possibilidade de nossa consciência normal O desconhecido é a parte supérflua do homem comum. E é supérflua porque o homem comum não tem energia livre suficiente para percebê-lo.
A grande falha dos seres humanos é permanecer grudado ao inventário da razão. A razão não trata o homem como energia. A razão trata com instrumentos que criam energia, mas nunca ocorreu seriamente à razão que somos melhores do que instrumentos: somos organismos que criam energia. Somos bolhas de energia.
Os guerreiros que deliberadamente atingem a consciência total são uma visão que deve ser presenciada. E nesse momento que queimam de dentro. O fogo interior os consome. E, em plena consciência, eles se fundem às emanações da Águia e deslizam para a eternidade.
Uma vez atingido o silêncio interior, tudo é possível. A maneira de parar de falar para nós mesmos é exatamente o mesmo método usado para nos ensinar a falar para nós mesmos; somos ensinados compulsiva e inflexivelmente, e esta é a maneira de parar: compulsiva e inflexivelmente.
A impecabilidade começa com um único ato, que tem de ser deliberado, preciso e fundamentado. Se esse ato é repetido pelo tempo suficiente, adquire-se o senso de um intento inflexível, que pode ser aplicado a qualquer outra coisa. Se isso é realizado, o caminho é claro. Uma coisa leva à outra até que o guerreiro perceba todo o seu potencial.
O mistério da consciência é a escuridão. Os seres humanos exalam o cheiro desse mistério, de coisas que são inexplicáveis. Ver a nós mesmos de qualquer outra maneira é loucura. Portanto, um guerreiro não rebaixa o mistério do homem tentando racionalizá-lo.
As percepções são de duas espécies. Uma delas é simples conversa fiada, grandes explosões emocionais e nada mais. A outra é produto de uma mudança do ponto de aglutinação, não está ligada a nenhuma explosão emocional mas à ação. As percepções emocionais vêm anos depois de os guerreiros terem solidificado, pelo uso, a nova posição de seus pontos de aglutinação.
A pior coisa que pode nos acontecer é ter que morrer e, já que este é nosso destino inalterável, somos livres; aqueles que perderam tudo não têm mais nada a temer.
Os guerreiros não se aventuram no desconhecido por cobiça. A cobiça funciona apenas no mundo dos negócios comuns. Para se aventurar na aterrorizante solidão do desconhecido, é preciso ter algo maior do que cobiça: amor. É preciso amor à vida, ao que intriga, ao mistério. É preciso uma curiosidade insaciável e nervos de aço.
Um guerreiro pensa apenas nos mistérios da consciência; o mistério é só o que importa. Somos seres vivos; temos de morrer e abrir mão de nossa consciência. Mas se pudéssemos mudar isso um pouco, que mistérios devem estar esperando por nós? Que mistérios!
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