"Assim o homem, depois de procurar em vão os vários deuses fora de si próprio, completa o ciclo e volta ao ponto do qual iniciou sua busca - a alma humana. E descobre que aquele Deus procurado sobre montes e vales, que buscava encontrar em cada livro, em cada templo, nas igrejas e nos céus, aquele Deus que ele imaginava sentado no paraíso, a governar o mundo, era seu próprio Eu. Eu sou Ele, e Ele é Eu. Só Eu era Deus e o pequeno "eu" jamais existiu.
Entretanto, como pode iludir-se esse perfeito Deus? Nunca o foi. Como poderia um Deus perfeito estar sonhando? Nunca sonhou. A verdade jamais sonha. A própria indagação de onde surgiu essa ilusão é absurda. A ilusão surge apenas da ilusão. Não haverá ilusão desde que a verdade seja vista. A ilusão sempre repousa na ilusão, jamais repousa em Deus, na Verdade, no Atman. Jamais estais em ilusão, é a ilusão que está em vós, diante de vós. Uma nuvem aqui está. Outra vem, expulsa a primeira e toma o seu lugar. Vem uma terceira, que por sua vez expulsa essa. Assim como diante do céu eternamente azul nuvens de várias tonalidades e colorações surgem, permanecem por um pequeno espaço de tempo, e desaparecem, deixando o mesmo e eterno azul, vós sois, eternamente, puros, perfeitos.
Sois os verdadeiros Deuses do universo. Não, não há dois, só há um. É um engano dizer "vós" e "eu". Sou eu quem está comendo através de milhões de bocas. Portanto, como posso ter fome? Sou eu quem trabalha através de um número infinito de mãos. Como posso estar inativo? Sou eu quem vive a vida de todo o universo. Onde está a morte para mim? Eu estou acolá da vida, acolá de toda a morte. Onde procurarei a liberdade, se sou livre por minha natureza? Quem pode constranger-me, a mim, o Deus do universo? As escrituras do mundo não passam de pequenos mapas, desejando delinear a minha glória, pois sou a única existência do universo. Então, que representam esses livros para mim? Assim fala o advaitista.
"Conhece a verdade e liberta-te num momento." Toda a treva desaparecerá, então. Quando o homem se tiver visto como um com o Ser infinito do universo, quando toda a separação cessar, quando todos os homens e mulheres, todos os deuses e anjos, todos os animais e plantas, e todo o universo, se tiverem desvanecido nessa Unidade, então o medo desaparecerá. Posso magoar-me? Posso matar-me? Posso injuriar-me? A quem posso temer? Podeis temer a vós mesmos? Então, todo o desgosto desaparecerá. Quem me pode causar desgosto? Eu sou a Existência única do universo. Então, todos os ciúmes desaparecerão. De quem terei ciúmes? De mim próprio? Então, todos os maus sentimentos desaparecerão. Contra quem terei maus sentimentos? Contra mim mesmo? Não há ninguém no universo a não ser eu.
Esse é o único caminho, dizem os vedantistas, para o conhecimento. Matai as diferenciações, matai essa superstição de que existem muitos. "O que está neste mundo de muitos, vê aquele Único. O que está nesta massa de inconsciência, vê aquele único Ser consciente. Quem está neste mundo de sombras, aprende aquela Realidade - e nela está a paz eterna e em ninguém mais, em ninguém mais"."
(Swami Vivekananda)
Entretanto, como pode iludir-se esse perfeito Deus? Nunca o foi. Como poderia um Deus perfeito estar sonhando? Nunca sonhou. A verdade jamais sonha. A própria indagação de onde surgiu essa ilusão é absurda. A ilusão surge apenas da ilusão. Não haverá ilusão desde que a verdade seja vista. A ilusão sempre repousa na ilusão, jamais repousa em Deus, na Verdade, no Atman. Jamais estais em ilusão, é a ilusão que está em vós, diante de vós. Uma nuvem aqui está. Outra vem, expulsa a primeira e toma o seu lugar. Vem uma terceira, que por sua vez expulsa essa. Assim como diante do céu eternamente azul nuvens de várias tonalidades e colorações surgem, permanecem por um pequeno espaço de tempo, e desaparecem, deixando o mesmo e eterno azul, vós sois, eternamente, puros, perfeitos.
Sois os verdadeiros Deuses do universo. Não, não há dois, só há um. É um engano dizer "vós" e "eu". Sou eu quem está comendo através de milhões de bocas. Portanto, como posso ter fome? Sou eu quem trabalha através de um número infinito de mãos. Como posso estar inativo? Sou eu quem vive a vida de todo o universo. Onde está a morte para mim? Eu estou acolá da vida, acolá de toda a morte. Onde procurarei a liberdade, se sou livre por minha natureza? Quem pode constranger-me, a mim, o Deus do universo? As escrituras do mundo não passam de pequenos mapas, desejando delinear a minha glória, pois sou a única existência do universo. Então, que representam esses livros para mim? Assim fala o advaitista.
"Conhece a verdade e liberta-te num momento." Toda a treva desaparecerá, então. Quando o homem se tiver visto como um com o Ser infinito do universo, quando toda a separação cessar, quando todos os homens e mulheres, todos os deuses e anjos, todos os animais e plantas, e todo o universo, se tiverem desvanecido nessa Unidade, então o medo desaparecerá. Posso magoar-me? Posso matar-me? Posso injuriar-me? A quem posso temer? Podeis temer a vós mesmos? Então, todo o desgosto desaparecerá. Quem me pode causar desgosto? Eu sou a Existência única do universo. Então, todos os ciúmes desaparecerão. De quem terei ciúmes? De mim próprio? Então, todos os maus sentimentos desaparecerão. Contra quem terei maus sentimentos? Contra mim mesmo? Não há ninguém no universo a não ser eu.
Esse é o único caminho, dizem os vedantistas, para o conhecimento. Matai as diferenciações, matai essa superstição de que existem muitos. "O que está neste mundo de muitos, vê aquele Único. O que está nesta massa de inconsciência, vê aquele único Ser consciente. Quem está neste mundo de sombras, aprende aquela Realidade - e nela está a paz eterna e em ninguém mais, em ninguém mais"."
(Swami Vivekananda)
Sem comentários:
Enviar um comentário