sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Carlos Castañeda-1

Enquanto um homem acha que ele é a coisa mais importante no mundo, não pode apreciar de verdade o universo em volta de si. E como um cavalo com antolhos, só vê a si próprio separado de tudo o mais.

A morte é nossa eterna companheira. Está sempre à nossa esquerda, à distância de um braço atrás de nós. A morte é a única conselheira sábia que um guerreiro tem. Toda vez que ele sente que tudo está errado e que ele está prestes a ser aniquilado, pode virar-se para sua morte e perguntar se é assim mesmo. A morte lhe dirá que ele está errado; que nada realmente importa, além do toque dela. Sua morte dirá a ele: "Ainda não o toquei."

Em um mundo em que a morte é o caçador, não há tempo para remorsos ou dúvidas. Só há tempo para decisões. Não importa quais decisões. Nada pode ser mais ou menos sério do que qualquer outra coisa. Em um mundo em que a morte é o caçador, não há decisões pequenas ou grandes. Só há decisões que um guerreiro toma em face de sua morte inevitável.

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