sábado, 22 de janeiro de 2011

A CONSCIÊNCIA DIVINA

Ralph Waldo Emerson, o maior filósofo e poeta da América do Norte, disse acertadamente: “O homem é como o frontispício de um templo em cujo interior reside toda a sabedoria e todo o bem. O que normalmente chamamos homem – o que come, bebe, planta, calcula -, não é o verdadeiro homem, senão um disfarce de si mesmo. Não é a ele a quem respeitamos, senão a alma da qual ele é simplesmente um instrumento; se a deixasse aparecer em suas ações, nos faria cair de joelhos em adoração”.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

POESIA DA AUTOREALIZAÇÃO:

Hubert Rohden - Da lagarta à borboleta

Quando a consciência do Infinito se torna maior do que a consciência do finito, estamos na iniciação e quando a consciência do Infinito se torna muito mais expandida do que a consciência do finito, então temos a autorealização.

Vamos usar a poesia da natureza para esclarecer melhor esta idéia da iniciação e autorealização. Vamos tomar, por exemplo, a Lagarta e a Borboleta.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Convicção da imortalidade e invencibilidade do Ego

Muitas pessoas aceitam a crença da imortalidade da alma, mas poucos sabem que ela pode ser demonstrada pela própria alma. Os Mestres Yogues ensinam esta lição ao Aspirante, da seguinte maneira: O Aspirante deve pôr-se no estado de meditação ou, ao menos, numa disposição pensativa de alma e, neste estado, deve esforçar-se por «imaginar» que está morto, isto é, tentar formar uma concepção mental de si como estando morto.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Religião: Essencial ou não essencial?

Toda religião pode dividir-se em duas partes: uma parte chamaremos de essencial e a outra não-essencial. As doutrinas, os dogmas, os ritos, as cerimônias e as mitologias de todos os credos religiosos organizados não são elementos essenciais. Não quer isto dizer que são inúteis; pelo contrário, o simples fato de sua existência prova que são necessários e ajudam em certas etapas ao progresso espiritual.

Tomás de Kempis

Todas as vezes que o homem deseja alguma coisa desordenadamente, torna-se logo inquieto. O soberbo e o avarento nunca sossegam; entretanto, o pobre e o humilde de espírito vivem em muita paz. O homem que não é perfeitamente mortificado facilmente é tentado e vencido, até em coisas pequenas e insignificantes. O homem espiritual, ainda um tanto carnal e propenso à sensualidade, só a muito custo poderá desprender-se de todos os desejos terrenos. Daí a sua frequente tristeza, quando delas se abstém, e fácil irritação, quando alguém o contraria.

Se, porém, alcança o que desejava, sente logo o remorso da consciência, porque obedeceu à sua paixão, que nada vale para alcançar a paz que almejava. Em resistir, pois, às paixões, se acha a verdadeira paz do coração, e não em segui-las. Não há, portanto, paz no coração do homem carnal, nem no do homem entregue às coisas exteriores, mas somente no daquele que é fervoroso e espiritual.

Não há melhor e mais útil estado que se conhecer perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova de grande sabedoria e perfeição.
Oh! Como passa depressa a glória do mundo!

O Despertar da Fé:

Método da Sabedoria. O objetivo desta disciplina é dar ao sujeito o hábito de aplicar a penetração adquirida por meio de disciplinas precedentes. Quando o sujeito se levanta, está em pé, anda, faz algo, detêm-se, deveria constantemente concentrar sua mente no ato e em sua execução, não em sua relação com o ato. O sujeito deveria pensar: isto é andar, isto é deter-se, isto é advertir; e não: ando, faço isto, é bom, é agradável, faço méritos, sou eu quem adverte quão maravilhoso é. Desde aí nascem pensamentos, sentimentos de júbilo ou de fracasso e desdita. Em vez de tudo isto, o sujeito deveria simplesmente praticar a concentração da mente no ato mesmo, entendendo-o como um meio conveniente para alcançar a tranquilidade mental, ensinamento, penetração e sabedoria; e deveria seguir a prática com fé, bom desejo e alegria. Depois de longa prática, as ataduras aos velhos hábitos se afrouxam até romper-se e em seu lugar aparecem confiança, satisfação, ensinamento e tranquilidade.
Na pura Dharmakaya não existe dualismo, nem sombra de diferenciação. Todos os seres sensíveis veriam, se fossem capazes de adverti-lo, que estão já no Nirvana. A pura Essência da mente é o Altíssimo Samadhi, é Projna Paramita, é a Altíssima Sabedoria Perfeita. (ASHVAGHOSHA)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Carlos Castañeda

"Um guerreiro deve focalizar sua atenção no elo entre ele e sua morte. Sem remorso nem tristeza nem preocupação, ele deve focalizar sua atenção no fato de que ele não tem tempo e deixar que seus atos fluam de acordo. Ele deve deixar que cada um de seus atos seja sua última batalha sobre a terra. Só nessas condições é que seus atos terão o devido poder. Senão eles serão, enquanto ele viver, os atos de um tolo."

Carlos Castañeda-1

Enquanto um homem acha que ele é a coisa mais importante no mundo, não pode apreciar de verdade o universo em volta de si. E como um cavalo com antolhos, só vê a si próprio separado de tudo o mais.

A morte é nossa eterna companheira. Está sempre à nossa esquerda, à distância de um braço atrás de nós. A morte é a única conselheira sábia que um guerreiro tem. Toda vez que ele sente que tudo está errado e que ele está prestes a ser aniquilado, pode virar-se para sua morte e perguntar se é assim mesmo. A morte lhe dirá que ele está errado; que nada realmente importa, além do toque dela. Sua morte dirá a ele: "Ainda não o toquei."

Em um mundo em que a morte é o caçador, não há tempo para remorsos ou dúvidas. Só há tempo para decisões. Não importa quais decisões. Nada pode ser mais ou menos sério do que qualquer outra coisa. Em um mundo em que a morte é o caçador, não há decisões pequenas ou grandes. Só há decisões que um guerreiro toma em face de sua morte inevitável.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SRIMAD BHAGAVAD-GITA - (O Canto do Senhor)

O CAMINHO DA SABEDORIA REAL E DO MISTICISMO REAL
1 – Disse o BENDITO SENHOR:
A ti, Ó Arjuna, que não Me contrarias, revelarei este grande mistério do conhecimento e sua realização; conhecendo-o, te libertarás do mal.
2 – Este é o rei do conhecimento e do segredo; é a santidade suprema; é percebido diretamente, fácil de praticar, é a espiritualidade e é imperecedouro.
3 – Ó destruidor dos inimigos, as pessoas que carecem de fé nesta doutrina não chegam a Mim e retornam a este mundo mortal.
4 – Todo este mundo está interpenetrado por Mim em Meu estado não manifestado. Todos os seres estão em Mim, mas Eu não estou neles (como sou inconexo, não tenho nenhuma relação com eles).

5 – Nem os seres estão em Mim; observa Meu divino mistério. Ainda que seja o sustém e o protetor dos seres, no entanto, Meu Ser não está neles. (Como não tenho nenhum conceito de ego pessoal, não tenho apego a nada, como têm os seres encarnados.)

6 – Como o grande vento que se move por todas as partes está sempre no espaço, saiba que assim todos os seres estão em Mim.

SRIMAD BHAGAVAD-GITA

10 – O homem de renúncia dotado de sattva (serenidade), de compreensão firme e cujas dúvidas desapareceram, não se aborrece com o trabalho desagradável nem anseia ao agradável.


11 – O ser corpóreo não pode abandonar todas as ações, mas aquele que renuncia ao fruto da ação é considerado como homem de renúncia.


12 – Os frutos das ações são de três tipos: desagradáveis, agradáveis e uma mistura de ambos. Estes frutos se aderem, após a morte, a aquele que não os renunciou, mas não ao homem de renúncia.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O saber, antes e depois de Cristo

Os Upanishads, os textos de yoga, o sistema do samkhya, demonstram que os seres humanos daquela época, ainda que vivessem com menos artigos de luxo, tinham conceitos espirituais muito elevados. Alguns deles já sabiam que Deus é Universal, que Deus é Existência-Conhecimento-Bemaventurança Absoluta, que Deus é Pessoal e Impessoal; sabiam que o homem, pelo caminho do controle interno e externo pode gozar da Bemaventurança eterna pela misericórdia divina; sabiam que todo o sofrimento humano é devido a que o homem ignora sua própria natureza divina. De maneira que não podemos dizer que o homem, antes da era cristã, não necessitou nem teve a benção da presença das Encarnações. É ilógico, insensato e dogmático dizer que antes da aparição de Jesus Cristo a raça humana não recebia a graça divina e que com a Encarnação de Deus no corpo de Jesus se abriu, pela primeira vez, a porta da salvação. Salvação é ser consciente da eterna presença de Deus. Além disso, o hindu diz que, como todas as idéias e normas, as da Religião prosperam também, durante certo tempo e depois decaem, as pessoas afastadas de seu Ideal, se tornam egoístas e mesquinhas, se esquecem de amar a Deus e a seu próximo, vivem a vida puramente sensual, de luta e competição...

B. Gita - Krishnamurti

"O homem é feito pelas suas crenças.
Conforme aquilo em que crê, assim ele é."

BHAGAVAD-GITA

...

A compreensão do Amor.

... E essa mente - que é então a verdadeira mente religiosa - pode compreender a natureza da morte. Pois, sem a compreensão, não há compreensão do amor. A morte não é o fim da vida. Não é uma consequência de doença, senilidade ou acidente. A morte é uma coisa com que temos de viver todos os dias, morrendo para tudo o que conhecemos. Se não conhecerdes a morte, jamais conhecereis o amor.

O amor não é memória, também não é simbolo, imagem, ideia; não é o amor um ato social; o amor não é uma virtude. Havendo amor, há virtude; não se precisa lutar para se tornar virtuoso. Se não conheceis o amor, é porque ainda não compreendestes o que é morrer - morrer para vossa experiência, morrer para vossos prazeres, morrer para qualquer nemória oculta, inconsciente. É quando tudo trouxerdes à luz e morrerdes a cada minuto - para vossa casa, vossas lembranças, vossos prazeres morrerdes voluntária e facilmente, sem esforço, sabereis então o que é o amor.

(Krishnamurti)

http://dim-dim-universos.blogspot.com/2011/01/o-homem-e-feito-pelas-suas-crencas.html