O despertar...
A segunda maior forma de meditação Zen que hoje se pratica é a da “iluminação silenciosa (mo chão)”, conhecida no Japão como shikan-taza, sentado em meditação “só para sentar”. O famoso Mestre do Ch”an, Hung Chih, descreve-a desta feição:
Silenciosa e serenamente esquecemos todas as palavras;
Clara e vividamente Aquilo aparece...
Quando o compreendemos, é vasto e sem limites;
Em sua Essência é percepção pura.
Refletindo-se singularmente nessa brilhante percepção,
Cheio de assombro neste reflexo puro...
Um assombro infinito impregna esta serenidade,
Nesta Iluminação todos os esforços intencionais se esvaem.
Silêncio é a palavra final.
O reflexo é a resposta a toda (manifestação).
Despojada de qualquer esforço,
Essa resposta é natural e espontânea...
A Verdade da iluminação silenciosa
É perfeita e completa.
A iluminação silenciosa, despojada de todo esforço ou conceituação, é facilmente reconhecida como a percepção passiva. Mas, então, somos impelidos a perguntar: como a gente chega a essa fase? Não surpreendentemente, a resposta é a que começa o shikan-taza trazendo a mente a um estado de cristal, de alerta vigilante, de atenção intensa mas relaxada. Yasutani Roshi explica:
A iluminação silenciosa, despojada de todo esforço ou conceituação, é facilmente reconhecida como a percepção passiva. Mas, então, somos impelidos a perguntar: como a gente chega a essa fase? Não surpreendentemente, a resposta é a que começa o shikan-taza trazendo a mente a um estado de cristal, de alerta vigilante, de atenção intensa mas relaxada. Yasutani Roshi explica:
Ora, no shikan-taza a mente precisa estar desapressada mas, ao mesmo tempo, firmemente plantada ou maciçamente composta, como, digamos, o Monte Fuji. Mas também precisa estar alerta, estendida, como a corda esticada de um arco. Dessa maneira, o shikan-taza é um estado intensificado de percepção concentrada em que não estamos nem tensos nem apressados e, por certo, nunca nos mostramos frouxos. É a mente de alguém diante da morte. Imaginemos que você esteja empenhado num duelo de esgrima, do tipo que costumava realizar-se no antigo Japão. Enquanto enfrenta o oponente, está incessantemente alerta, resoluto, preparado. Se relaxasse a vigilância, nem que fosse por um momento, teria sido atingido incontinenti. Junta-se uma multidão para assistir à luta. Como você não é cego, vê a multidão com o canto dos olhos e, como não é surdo, ouve o que ela diz. Mas nem por um instante sua mente se deixa capturar por essas impressões dos sentidos.
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