Então, como acontece esta transformação, esta integração?
A mente deve chegar a um estado de silêncio, vazia completamente de medo, desejo e de todas as imagens. Isto não pode ser produzido pela supressão, mas pela observação de todo sentimento e pensamento sem qualificação, condenação, julgamento, ou comparação. Se a atenção desmotivada está para funcionar, o censor deve desaparecer. Deve existir apenas uma observação serena sobre o que a mente elabora. Ao descobrir os fatos como eles são, a agitação é eliminada, e o movimento dos pensamentos se torna lento; podemos observar cada pensamento, sua causa e conteúdo, à medida que surge. Nós nos tornamos conscientes de todo pensamento em sua integridade e, nesta totalidade, não pode existir conflito. Então apenas a atenção permanece, apenas o silêncio no qual não há nem observador nem observado. Portanto, não force sua mente. Apenas observe seus vários movimentos como você olharia o vôo dos pássaros. Neste olhar desanuviado, todas as suas experiências emergem e se aclaram. Pois a visão desmotivada não apenas gera tremenda energia, mas libera toda tensão, todas as várias camadas de inibições. Você vê a totalidade de si mesmo.
Observar tudo com plena atenção torna-se um modo de vida, um retorno a seu ser meditativo original e natural.
Como posso agir para não criar uma reação adicional, o carma?
Sempre que o amor e a bondade estão em seu coração, você terá a inteligência para saber o que fazer e quando – e como – agir. Quando a mente vê suas limitações, as limitações do intelecto, surgirão uma humildade e uma inocência que não são questão de cultura, acumulação ou aprendizado, mas resultado do entendimento instantâneo. No momento em que você vê seu desamparo, que nada funciona, chega ao ponto da rendição, a uma parada, onde você está em comunhão com o silêncio, a verdade derradeira. É esta realidade que transforma sua mente, não o esforço ou a decisão.
Creio conhecer algo de mim mesmo, tenho uma certa Consciência de minha força e debilidade psicológica, mas também sinto uma falta de satisfação perfeita; de outra forma, não estaria aqui. Há algo que possa fazer agora?
Se você observar, verá que é violento com sua percepção. Você interfere constantemente ao tentar controlá-la e dirigí-la. O controlador faz parte do que é controlado; ambos são objetos e um objeto não pode conhecer outro. Portanto, você deve progressivamente permitir que a percepção se expanda, dando-lhe a liberdade completa. Se você permitir que a percepção se expanda, cedo ou tarde ela o trará de volta para você mesmo. Deixe-a ir para que se revele a si mesma e o dinamismo para produzir desaparecerá.
Como aprender a partir do conflito?
Veja que você está condicionado na aceitação e na rejeição, pois não há nada para aceitar ou rejeitar. Na escuta total, a atenção sem memória, não há conflito. Há apenas visão. Na escuta silenciosa, o que é dito, o que é ouvido e o que surge como resposta e reação, está dentro de seu próprio Eu. Esta percepção da totalidade é a atenção real e não há nela nem problemas nem condicionamentos. Há simplesmente liberdade.
O que você quer dizer quando você diz que não há ator no fazer, falar ou escutar?
Na ação que surge da plenitude não há um ator no ato, há apenas ação. Você está funcionando e o “eu” está ausente. No momento em que o pensamento do “eu” aparece, você se torna autoconsciente e é dominado pelo conflito. Na ausência deste pensamento, não há nem quem fale nem quem escute, nenhum sujeito controlando um objeto. Somente então há harmonia completa e adequação a cada circunstância.
A mente deve chegar a um estado de silêncio, vazia completamente de medo, desejo e de todas as imagens. Isto não pode ser produzido pela supressão, mas pela observação de todo sentimento e pensamento sem qualificação, condenação, julgamento, ou comparação. Se a atenção desmotivada está para funcionar, o censor deve desaparecer. Deve existir apenas uma observação serena sobre o que a mente elabora. Ao descobrir os fatos como eles são, a agitação é eliminada, e o movimento dos pensamentos se torna lento; podemos observar cada pensamento, sua causa e conteúdo, à medida que surge. Nós nos tornamos conscientes de todo pensamento em sua integridade e, nesta totalidade, não pode existir conflito. Então apenas a atenção permanece, apenas o silêncio no qual não há nem observador nem observado. Portanto, não force sua mente. Apenas observe seus vários movimentos como você olharia o vôo dos pássaros. Neste olhar desanuviado, todas as suas experiências emergem e se aclaram. Pois a visão desmotivada não apenas gera tremenda energia, mas libera toda tensão, todas as várias camadas de inibições. Você vê a totalidade de si mesmo.
Observar tudo com plena atenção torna-se um modo de vida, um retorno a seu ser meditativo original e natural.
Como posso agir para não criar uma reação adicional, o carma?
Sempre que o amor e a bondade estão em seu coração, você terá a inteligência para saber o que fazer e quando – e como – agir. Quando a mente vê suas limitações, as limitações do intelecto, surgirão uma humildade e uma inocência que não são questão de cultura, acumulação ou aprendizado, mas resultado do entendimento instantâneo. No momento em que você vê seu desamparo, que nada funciona, chega ao ponto da rendição, a uma parada, onde você está em comunhão com o silêncio, a verdade derradeira. É esta realidade que transforma sua mente, não o esforço ou a decisão.
Creio conhecer algo de mim mesmo, tenho uma certa Consciência de minha força e debilidade psicológica, mas também sinto uma falta de satisfação perfeita; de outra forma, não estaria aqui. Há algo que possa fazer agora?
Se você observar, verá que é violento com sua percepção. Você interfere constantemente ao tentar controlá-la e dirigí-la. O controlador faz parte do que é controlado; ambos são objetos e um objeto não pode conhecer outro. Portanto, você deve progressivamente permitir que a percepção se expanda, dando-lhe a liberdade completa. Se você permitir que a percepção se expanda, cedo ou tarde ela o trará de volta para você mesmo. Deixe-a ir para que se revele a si mesma e o dinamismo para produzir desaparecerá.
Como aprender a partir do conflito?
Veja que você está condicionado na aceitação e na rejeição, pois não há nada para aceitar ou rejeitar. Na escuta total, a atenção sem memória, não há conflito. Há apenas visão. Na escuta silenciosa, o que é dito, o que é ouvido e o que surge como resposta e reação, está dentro de seu próprio Eu. Esta percepção da totalidade é a atenção real e não há nela nem problemas nem condicionamentos. Há simplesmente liberdade.
O que você quer dizer quando você diz que não há ator no fazer, falar ou escutar?
Na ação que surge da plenitude não há um ator no ato, há apenas ação. Você está funcionando e o “eu” está ausente. No momento em que o pensamento do “eu” aparece, você se torna autoconsciente e é dominado pelo conflito. Na ausência deste pensamento, não há nem quem fale nem quem escute, nenhum sujeito controlando um objeto. Somente então há harmonia completa e adequação a cada circunstância.